sexta-feira, 30 de setembro de 2011

CARITAS IN VERITATE

1. A caridade na verdade, que Jesus Cristo testemunhou com a sua vida terrena e sobretudo com a sua morte e ressurreição, é a força propulsora principal para o verdadeiro desenvolvimento de cada pessoa e da humanidade inteira. O amor — « caritas » — é uma força extraordinária, que impele as pessoas a comprometerem-se, com coragem e generosidade, no campo da justiça e da paz. É uma força que tem a sua origem em Deus, Amor eterno e Verdade absoluta. Cada um encontra o bem próprio, aderindo ao projecto que Deus tem para ele a fim de o realizar plenamente: com efeito, é em tal projecto que encontra a verdade sobre si mesmo e, aderindo a ela, torna-se livre (cf. Jo 8, 32). Por isso, defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade. Esta, de facto, « rejubila com a verdade » (1 Cor 13, 6). Todos os homens sentem o impulso interior para amar de maneira autêntica: amor e verdade nunca desaparecem de todo neles, porque são a vocação colocada por Deus no coração e na mente de cada homem. Jesus Cristo purifica e liberta das nossas carências humanas a busca do amor e da verdade e desvenda-nos, em plenitude, a iniciativa de amor e o projecto de vida verdadeira que Deus preparou para nós. Em Cristo, a caridade na verdade torna-se o Rosto da sua Pessoa, uma vocação a nós dirigida para amarmos os nossos irmãos na verdade do seu projecto. De facto, Ele mesmo é a Verdade (cf. Jo 14, 6).
2. A caridade é a via mestra da doutrina social da Igreja. As diversas responsabilidades e compromissos por ela delineados derivam da caridade, que é — como ensinou Jesus — a síntese de toda a Lei (cf. Mt 22, 36-40). A caridade dá verdadeira substância à relação pessoal com Deus e com o próximo; é o princípio não só das microrelações estabelecidas entre amigos, na família, no pequeno grupo, mas também das macrorelações como relacionamentos sociais, económicos, políticos. Para a Igreja — instruída pelo Evangelho —, a caridade é tudo porque, como ensina S. João (cf. 1 Jo 4, 8.16) e como recordei na minha primeira carta encíclica, « Deus é caridade » (Deus caritas est): da caridade de Deus tudo provém, por ela tudo toma forma, para ela tudo tende. A caridade é o dom maior que Deus concedeu aos homens; é sua promessa e nossa esperança.
Estou ciente dos desvios e esvaziamento de sentido que a caridade não cessa de enfrentar com o risco, daí resultante, de ser mal entendida, de excluí-la da vida ética e, em todo o caso, de impedir a sua correcta valorização. Nos âmbitos social, jurídico, cultural, político e económico, ou seja, nos contextos mais expostos a tal perigo, não é difícil ouvir declarar a sua irrelevância para interpretar e orientar as responsabilidades morais. Daqui a necessidade de conjugar a caridade com a verdade, não só na direcção assinalada por S. Paulo da « veritas in caritate » (Ef 4, 15), mas também na direcção inversa e complementar da « caritas in veritate ». A verdade há-de ser procurada, encontrada e expressa na « economia » da caridade, mas esta por sua vez há-de ser compreendida, avaliada e praticada sob a luz da verdade. Deste modo teremos não apenas prestado um serviço à caridade, iluminada pela verdade, mas também contribuído para acreditar a verdade, mostrando o seu poder de autenticação e persuasão na vida social concreta. Facto este que se deve ter bem em conta hoje, num contexto social e cultural que relativiza a verdade, aparecendo muitas vezes negligente se não mesmo refractário à mesma.
3. Pela sua estreita ligação com a verdade, a caridade pode ser reconhecida como expressão autêntica de humanidade e como elemento de importância fundamental nas relações humanas, nomeadamente de natureza pública. Só na verdade é que a caridade refulge e pode ser autenticamente vivida. A verdade é luz que dá sentido e valor à caridade. Esta luz é simultaneamente a luz da razão e a da fé, através das quais a inteligência chega à verdade natural e sobrenatural da caridade: identifica o seu significado de doação, acolhimento e comunhão. Sem verdade, a caridade cai no sentimentalismo. O amor torna-se um invólucro vazio, que se pode encher arbitrariamente. É o risco fatal do amor numa cultura sem verdade; acaba prisioneiro das emoções e opiniões contingentes dos indivíduos, uma palavra abusada e adulterada chegando a significar o oposto do que é realmente. A verdade liberta a caridade dos estrangulamentos do emotivismo, que a despoja de conteúdos relacionais e sociais, e do fideísmo, que a priva de amplitude humana e universal. Na verdade, a caridade reflecte a dimensão simultaneamente pessoal e pública da fé no Deus bíblico, que é conjuntamente « Agápe » e « Lógos »: Caridade e Verdade, Amor e Palavra.
4. Porque repleta de verdade, a caridade pode ser compreendida pelo homem na sua riqueza de valores, partilhada e comunicada. Com efeito, a verdade é « lógos » que cria « diá-logos » e, consequentemente, comunicação e comunhão. A verdade, fazendo sair os homens das opiniões e sensações subjectivas, permite-lhes ultrapassar determinações culturais e históricas para se encontrarem na avaliação do valor e substância das coisas. A verdade abre e une as inteligências no lógos do amor: tal é o anúncio e o testemunho cristão da caridade. No actual contexto social e cultural, em que aparece generalizada a tendência de relativizar a verdade, viver a caridade na verdade leva a compreender que a adesão aos valores do cristianismo é um elemento útil e mesmo indispensável para a construção duma boa sociedade e dum verdadeiro desenvolvimento humano integral. Um cristianismo de caridade sem verdade pode ser facilmente confundido com uma reserva de bons sentimentos, úteis para a convivência social mas marginais. Deste modo, deixaria de haver verdadeira e propriamente lugar para Deus no mundo. Sem a verdade, a caridade acaba confinada num âmbito restrito e carecido de relações; fica excluída dos projectos e processos de construção dum desenvolvimento humano de alcance universal, no diálogo entre o saber e a realização prática.
5. A caridade é amor recebido e dado; é « graça » (cháris). A sua nascente é o amor fontal do Pai pelo Filho no Espírito Santo. É amor que, pelo Filho, desce sobre nós. É amor criador, pelo qual existimos; amor redentor, pelo qual somos recriados. Amor revelado e vivido por Cristo (cf. Jo 13, 1), é « derramado em nossos corações pelo Espírito Santo » (Rm 5, 5). Destinatários do amor de Deus, os homens são constituídos sujeitos de caridade, chamados a fazerem-se eles mesmos instrumentos da graça, para difundir a caridade de Deus e tecer redes de caridade.
A esta dinâmica de caridade recebida e dada, propõe-se dar resposta a doutrina social da Igreja. Tal doutrina é « caritas in veritate in re sociali », ou seja, proclamação da verdade do amor de Cristo na sociedade; é serviço da caridade, mas na verdade. Esta preserva e exprime a força libertadora da caridade nas vicissitudes sempre novas da história. É ao mesmo tempo verdade da fé e da razão, na distinção e, conjuntamente, sinergia destes dois âmbitos cognitivos. O desenvolvimento, o bem-estar social, uma solução adequada dos graves problemas socioeconómicos que afligem a humanidade precisam desta verdade. Mais ainda, necessitam que tal verdade seja amada e testemunhada. Sem verdade, sem confiança e amor pelo que é verdadeiro, não há consciência e responsabilidade social, e a actividade social acaba à mercê de interesses privados e lógicas de poder, com efeitos desagregadores na sociedade, sobretudo numa sociedade em vias de globalização que atravessa momentos difíceis como os actuais.
6. « Caritas in veritate » é um princípio à volta do qual gira a doutrina social da Igreja, princípio que ganha forma operativa em critérios orientadores da acção moral. Destes, desejo lembrar dois em particular, requeridos especialmente pelo compromisso em prol do desenvolvimento numa sociedade em vias de globalização: a justiça e o bem comum.
Em primeiro lugar, a justiça. Ubi societas, ibi ius: cada sociedade elabora um sistema próprio de justiça. A caridade supera a justiça, porque amar é dar, oferecer ao outro do que é « meu »; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é « dele », o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir. Não posso « dar » ao outro do que é meu, sem antes lhe ter dado aquilo que lhe compete por justiça. Quem ama os outros com caridade é, antes de mais nada, justo para com eles. A justiça não só não é alheia à caridade, não só não é um caminho alternativo ou paralelo à caridade, mas é « inseparável da caridade »[1], é-lhe intrínseca. A justiça é o primeiro caminho da caridade ou, como chegou a dizer Paulo VI, « a medida mínima » dela[2], parte integrante daquele amor « por acções e em verdade » (1 Jo 3, 18) a que nos exorta o apóstolo João. Por um lado, a caridade exige a justiça: o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos. Aquela empenha-se na construção da « cidade do homem » segundo o direito e a justiça. Por outro, a caridade supera a justiça e completa-a com a lógica do dom e do perdão[3]. A « cidade do homem » não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por relações de gratuidade, misericórdia e comunhão. A caridade manifesta sempre, mesmo nas relações humanas, o amor de Deus; dá valor teologal e salvífico a todo o empenho de justiça no mundo.
7. Depois, é preciso ter em grande consideração o bem comum. Amar alguém é querer o seu bem e trabalhar eficazmente pelo mesmo. Ao lado do bem individual, existe um bem ligado à vida social das pessoas: o bem comum. É o bem daquele « nós-todos », formado por indivíduos, famílias e grupos intermédios que se unem em comunidade social[4]. Não é um bem procurado por si mesmo, mas para as pessoas que fazem parte da comunidade social e que, só nela, podem realmente e com maior eficácia obter o próprio bem. Querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade. Comprometer-se pelo bem comum é, por um lado, cuidar e, por outro, valer-se daquele conjunto de instituições que estruturam jurídica, civil, política e culturalmente a vida social, que deste modo toma a forma de pólis, cidade. Ama-se tanto mais eficazmente o próximo, quanto mais se trabalha em prol de um bem comum que dê resposta também às suas necessidades reais. Todo o cristão é chamado a esta caridade, conforme a sua vocação e segundo as possibilidades que tem de incidência na pólis. Este é o caminho institucional — podemos mesmo dizer político — da caridade, não menos qualificado e incisivo do que o é a caridade que vai directamente ao encontro do próximo, fora das mediações institucionais da pólis. Quando o empenho pelo bem comum é animado pela caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente secular e político. Aquele, como todo o empenho pela justiça, inscreve-se no testemunho da caridade divina que, agindo no tempo, prepara o eterno. A acção do homem sobre a terra, quando é inspirada e sustentada pela caridade, contribui para a edificação daquela cidade universal de Deus que é a meta para onde caminha a história da família humana. Numa sociedade em vias de globalização, o bem comum e o empenho em seu favor não podem deixar de assumir as dimensões da família humana inteira, ou seja, da comunidade dos povos e das nações[5], para dar forma de unidade e paz à cidade do homem e torná-la em certa medida antecipação que prefigura a cidade de Deus sem barreiras.
8. Ao publicar a encíclica Populorum progressio em 1967, o meu venerado predecessor Paulo VI iluminou o grande tema do desenvolvimento dos povos com o esplendor da verdade e com a luz suave da caridade de Cristo. Afirmou que o anúncio de Cristo é o primeiro e principal factor de desenvolvimento [6] e deixou-nos a recomendação de caminhar pela estrada do desenvolvimento com todo o nosso coração e com toda a nossa inteligência[7], ou seja, com o ardor da caridade e a sapiência da verdade. É a verdade originária do amor de Deus — graça a nós concedida — que abre ao dom a nossa vida e torna possível esperar num « desenvolvimento do homem todo e de todos os homens »[8], numa passagem « de condições menos humanas a condições mais humanas »[9], que se obtém vencendo as dificuldades que inevitavelmente se encontram ao longo do caminho.
Passados mais de quarenta anos da publicação da referida encíclica, pretendo prestar homenagem e honrar a memória do grande Pontífice Paulo VI, retomando os seus ensinamentos sobre o desenvolvimento humano integral e colocando-me na senda pelos mesmos traçada para os actualizar nos dias que correm. Este processo de actualização teve início com a encíclica Sollicitudo rei socialis do Servo de Deus João Paulo II, que desse modo quis comemorar a Populorum progressio no vigésimo aniversário da sua publicação. Até então, semelhante comemoração tinha-se reservado apenas para a Rerum novarum. Passados outros vinte anos, exprimo a minha convicção de que a Populorum progressio merece ser considerada como « a Rerum novarum da época contemporânea », que ilumina o caminho da humanidade em vias de unificação.
9. O amor na verdade — caritas in veritate — é um grande desafio para a Igreja num mundo em crescente e incisiva globalização. O risco do nosso tempo é que, à real interdependência dos homens e dos povos, não corresponda a interacção ética das consciências e das inteligências, da qual possa resultar um desenvolvimento verdadeiramente humano. Só através da caridade, iluminada pela luz da razão e da fé, é possível alcançar objectivos de desenvolvimento dotados de uma valência mais humana e humanizadora. A partilha dos bens e recursos, da qual deriva o autêntico desenvolvimento, não é assegurada pelo simples progresso técnico e por meras relações de conveniência, mas pelo potencial de amor que vence o mal com o bem (cf. Rm 12, 21) e abre à reciprocidade das consciências e das liberdades.
A Igreja não tem soluções técnicas para oferecer [10] e não pretende « de modo algum imiscuir-se na política dos Estados »[11]; mas tem uma missão ao serviço da verdade para cumprir, em todo o tempo e contingência, a favor de uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação. Sem verdade, cai-se numa visão empirista e céptica da vida, incapaz de se elevar acima da acção porque não está interessada em identificar os valores — às vezes nem sequer os significados — pelos quais julgá-la e orientá-la. A fidelidade ao homem exige a fidelidade à verdade, a única que é garantia de liberdade (cf. Jo 8, 32) e da possibilidade dum desenvolvimento humano integral. É por isso que a Igreja a procura, anuncia incansavelmente e reconhece em todo o lado onde a mesma se apresente. Para a Igreja, esta missão ao serviço da verdade é irrenunciável. A sua doutrina social é um momento singular deste anúncio: é serviço à verdade que liberta. Aberta à verdade, qualquer que seja o saber donde provenha, a doutrina social da Igreja acolhe-a, compõe numa unidade os fragmentos em que frequentemente a encontra, e serve-lhe de medianeira na vida sempre nova da sociedade dos homens e dos povos[12].

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

“Aqui é lugar de prostituição, não rezem”


Local de Prostituição nas ruas de SP - Deserta
Uma avenida, uma noite, muitas vidas e uma Cruz que nos leva a peregrinar  em busca daqueles que não tiveram a oportunidade de conhecer o verdadeiro amor.
Madrugada de terça-feira, 20, no Santuário São Judas Tadeu  em São Paulo, se encontram a Cruz peregrina da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o Ícone da Virgem Maria e Jesus Sacramentado sendo adorado numa vigília. E do lado de fora, alguns jovens foram ao encontro das prostitutas para levarem o amor de Deus.
“Posso te dar um presente?”, indagou Maristela Ciarrochi – quem nos conduziu até o Planalto Paulista, lugar onde a prostituição é visível aos olhos de quem passa- “Sim”, responde a moça com olhar desconfiado sem saber o que lhe esperava. De repente uma flor e uma medalha de Nossa Senhora das Graças (Aquela que lhe concede o que pedes, mas também o que não pedes). Eis que a madrugada deixa de ser tão pesada e com tanto desamor.
“… aqui é lugar de prostituição, não rezem”
Aquela mulher tem um nome, Rose, vem do Nordeste do país: “Meu sonho é sair da rua, ter uma casa própria e alguém que me respeite.”
Não somos alguém que surge do nada para desmoralizar aquela mulher, mas queremos apenas ouvi-la, dar atenção sem pedir nada em troca. O acolhimento foi imediato, impactante para alguém que esteve ali pela primeira vez como foi o caso de alguns de nós.
“Podemos rezar por você?”, novamente a moça sorridente. “Olha, prefiro que não. Não desta forma, com estes trajes, aqui é lugar de prostituição, não rezem”, responde a garota de programa sentindo-se indigna.
A conversa continua. Novamente, em pouco tempo, se extrai quais as intenções de oração da moça. “Minha família, saúde, uma vida melhor”.

Garota de Programa no Planalto Paulista
Continuamos o trajeto em silêncio, perturbadas pelo diálogo anterior, mas sem tempo de nos recompor encontramos duas outras moças na esquina seguinte, elas aceitaram rezar uma Ave-Maria conosco, depois as abraçamos e continuamos o nosso percurso.
Mais a frente encontramos Luciana, mãe de três filhos, não olhava-nos no rosto, sempre de cabeça baixa, porém não se esquivava daquela visita, nos acolheu dando um pouco de si, de sua vida e falava de suas dificuldades e intenções para a oração.
Entre os intervalos de uma esquina e outra, rezávamos uma Ave-Maria por aquelas que já havíamos encontrado e pelas que ainda íamos encontrar, e assim foi seguindo nossa missão Madalena.
Na volta, pelo caminho, íamos nos questionando: “O que poderia ser feito por esses? O que o Cristo faria se estivesse ali?”. Boas perguntas que nos levam a uma grande resposta: “Faça, mesmo que seja pouco, mas todos tem o direito de receber nem que seja uma gota do amor de Cristo”.
O percurso segue com “um nó na garganta”. Lágrimas contidas e o silêncio que fala por si. Difícil entender tudo que remexe no interior,  é mística da Cruz. Em cada encontro o próprio Deus gritava aos nossos corações diante de tamanha sede de amor.
A unção daquela mesma cruz (peregrina da JMJ), acolhida por tantos onde passa, é a que ultrapassou as paredes daquela Igreja nesta noite e nos fez abraçar aquelas mulheres e amá-las como fez Jesus a Maria Madalena.
Não é ficção, é vida real. Na próxima esquina tem alguém necessitado de amor e um simples gesto traz novamente a esperança de que vale a pena ser diferente como Cristo foi.
Retornando ao Santuário São Judas Tadeu, meia noite, Jesus continuava ali exposto e algumas pessoas em adoração, tendo a presença daqueles que foram o motivo da nossa permanência na capital paulista, a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora da Anunciação. Pedimos a Cristo e a Maria nossa Mãe dias melhores para todos aqueles que por alguma ‘razão’ precisam vender seus corpos a desconhecidos, e que merecem de nós cristãos autênticos a presença Daquele em quem nós acreditamos.
Ps: Desculpem as fotos, não podíamos usar a nossa câmera de alta resolução, mas não quisemos deixar de registrar este momento.
Por Clarissa Oliveira e Cris Henrique – Destrave

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Saudades dos meus amigos...

Desculpe são 00:30 e estou meio inquieto escutando as musicas do novo cd do pe Fabio e pensando em nossa amizade abri o site do Maninho e li um texto sobre amizade. E descobri um jeito de ser amigo na hora da saudade é ter uma pasta aonde  possamos ver aquilo que nosso amigo nos deu. E mexendo nas minhas coisas eu vi o papel de presente é o primeiro papel e a sacola aonde veio o livro do pe Jonas combatente na alegria isso e sacramento para mim. E ser enredo de um povo simples é querer ser amigo a cada dia mais e poder entrar no coração dele e conhecer ele a cada dia mais para ser um enredo simples na vida dele.
Eu sou assim: O mundo dos enredos e das amizades cabe dentro de mim. Fique com Deus.

Rafael M. Camargo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Coração Marcado


A vida é um mistério mais profundo que possa existir é uma flor sedenta para se abrir que ao botão que se abre e padece. Á vida é assim tem que viver cada dia de uma vez tem ser devagar saboreando o que se está vivendo.
Viver tem que ser devagar senão, quem vive com presa vive errado e você não tem o direito de viver errado Deus não  te criou para isso Deus te criou para você ir muito além do se pode imaginar.
Pois cada um de nós tem direto à vida, tem direto à felicidade, tem direto ao Amor, á liberdade mas para conseguir isso se deve viver devagar. Isso é a expressão verdadeira de Deus.

Deus abençoe você, hoje e sempre.

Rafael  Camargo


segunda-feira, 5 de setembro de 2011


Padre Joãozinho, scj on setembro 4th, 2011

Até o final do ano deverei lançar um novo livro pela Editora Canção Nova. Estará totalmente escrito até o dia 26 de setembro. Estou nos finalmentes… O título e a temática geral prefiro manter em segredo. Mas vou postar aqui um capítulo para que você tenha um gostinho do que virá por aí. Só posso dizer que é como que o fechamento da trilogia começada por AS SETE VIRTUDES DO LÍDER AMOROSO e continuada com COMO LIDERAR PESSOAS DIFÍCEIS.
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AMABILIDADE
Quando escrevi o livro As sete virtudes do líder amoroso, percebi claramente que o amor é mais do que um sentimento. É a atitude que nasce de uma opção fundamental: abrir todas as dimensões do ser para acolher o outro. Descobri também que esta atitude precisa ser cultivada, exercitada. O amor é mais do que um talento natural. É uma “virtude”, ou seja, um hábito equilibrado e salutar.
Logo em seguida escrevi Como liderar pessoas difíceis. Aqui descobri que na moeda do amor existem duas faces. A “amorosidade” é apenas uma delas. Existe outra dimensão que nem sempre percebemos: a “amabilidade”. Diz o ditado italiano: “quem quer ser amado, amável deve se tornar”. Não basta amar. É preciso criar condições para que o outro me ame também.
Existem pessoas que cultivam uma espécie de “amor auto-suficiente”. Amam mas não se deixam amar. Acham isso até bonito. Pseudo-espiritualidades cultivaram este tipo de amor doente. Faziam de tudo para serem até mesmo desprezadas. No labirinto interior do coração humano existem estes minotauros neuróticos. É mais saudável a humildade de deixar que os outros me amem.
Pedir um favor para alguém é uma forma de ser amável. As pessoas de sucesso sabem equilibrar a amorosidade com a amabilidade. Na verdade é mais fácil amar do que deixar-se amar. Precisamos reconhecer nossos limites para deixar-nos ajudar. É tão bonito o testemunho de um enfermo que se deixa cuidar. Seu jeito de amar é humildemente deixar que os outros cuidem dele.
A amabilidade também é uma virtude. Precisa ser cultivada diariamente por meio de gestos concretos. É natural que queiramos resolver todos os problemas sem depender de ninguém. Mas será saudável?
No começo pode parecer um pouco estranho. Se você sempre foi uma miniatura de super-herói pode se sentir frustrado ao reconhecer que precisa da ajuda de alguém. Seja amável. Reconheça que precisa de alguém que o escute. Peça um favor. Isto não significa delegar todas as suas responsabilidades, ou virar um “aproveitador”. Há coisas que você deverá dar conta. Outro alerta. Mesmo sendo amável, pode ser que alguém não o ame. O amor se realiza mesmo na falta de reciprocidade. Neste caso você terá feito a sua parte.
Mas o que tenho observado é que em geral gostamos de ajudar as pessoas “amáveis”. Você surpreenderá as pessoas ao pedir com humildade coisas muito simples, como um copo d’água. Além disso, as pessoas se sentem amadas e valorizadas quando você lhes dá a oportunidade de amar.

@padrejoaozinho