terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CULPA, FAMA E VAIDADE

Se lhe suceder que alguém declare ter perdida fé por culpa sua penitencie-se, peça perdão, repare, ore intensamente a Deus para que o perdoe e leve pela vida inteira um espírito humilde e penitente, como Paulo que, apesar de todo o bem que fez depois, nunca se esqueceu do que fez e proclamava-se feliz e apóstolo, mas o ultimo deles…
Se lhe acontecer de ser elogiado porque alguém encontrou Deus por sua fala sua vida ou seus escritos, ore intensamente a Deus para que a vaidade não lhe suba à cabeça. Não foi você. Você fez parte daquele processo de conversão, mas certamente não foi nem sua santidade, nem seu charme, nem sua brilhante inteligência. Não seja peru com penas de pavão. Agradeça e explique que se milagre houve não foi você quem o operou. Cuidado, muito cuidado com o falso protagonismo. Terá milhões de olhos voltados para você , e milhares de fiéis superlotando o templo onde você aponta para Deus, mas o demônio da vaidade estará bem ao seu lado a lhe dizer que você fez tudo aquilo. Ore muito. Fama quase sempre rima com lama e com vaidade.

José fernandes de Oliveira, mais conhecido como padre Zezinho, scj, conhecido e reconhecido no Brasil e no mundo, um dos autores mais lidos e de cançoes que se tornaram Hinos.
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Iluminar a Espera


“Fez nascer à primavera onde o inverno não passou e me deu motivos pra recomeçar.”
Hoje não sei dizer o que sinto. O que sei é que dentro de mim está sendo preparada uma primavera onde os pássaros voam livres e felizes, pois o que os move é o amor de Deus. Nasceu a primavera e me deu motivos pra recomeçar.
Meu coração está em preparo dessa primavera, onde a matéria-prima é a Felicidade, mas que hoje tenho a Esperança que constrói essa Felicidade.
Penso minha opção de vida a partir dessa espera, esperança de Felicidade. É assim que me interpreto. Tudo que faz parte do meu contexto de vida, não há outra coisa a nãos ser a Esperança que constrói a Felicidade definitiva. Sigo meu caminho acendendo luzes que estão quase apagadas, apenas peço a Deus que minhas palavras sejam Bem aventuradas que elas possam ascender às luzes dos corações onde a escuridão teima em ficar.
Os desdobramentos de meus atributos humanos eu os coloco na vivencia feliz de esparramar luzes pelos caminhos por onde ando. Por vezes consigo, por vezes não. Mas não desisto.
É na direção da Luz Suprema que ouso colocar meu rumo. Sou filho da Esperança que brotou no sepulcro vazio, lugar onde a vida prevaleceu sobre a morte e a luz triunfou sobre as sombras.
Sou filho deste tempo novo, onde a espera é a esperança pra ser Feliz. Trago em minha alma os estigmas da luz que Cristo acendeu na história.
Foi de Cristo que recebi o oficio de ascender luzes semelhantes aos acendedores de lampiões.
Tenho plena consciência que a ação de Deus no mundo passa o tempo todo pelas escolhas humanas. É minha alegria esparramar a luz recebida, fiz essa escolha e junto dela carrego nos ombros o peso das palavras que aliviam o mundo. Um psicólogo diz que a fonte de todo desejo é ser desejado. E desejo está intimamente ligado ao conceito de encontro.
O que buscamos na vida?
Quantas oportunidades tivemos de estar com Deus e não O encontramos ainda, ou tivemos a oportunidade de estar com pessoas, mas não as encontramos. Por que isso? Porque você precisa acender a luz para enxergar essa pessoa.
Iluminados e Iluminantes. Queiramos. Iluminuras, arandelas pelas ruas do mundo. Sejamos.

Com meu carinho de sempre,


Rafael Camargo.

domingo, 11 de dezembro de 2011

A DITADURA DA ESTÉTICA

Para entender os trajes das suas filhas e amigas, bem como os dos homens conheça melhor os mecanismo da indústria da moda. Ela dá emprego a milhões de pessoas e movimenta bilhões dólares, euros, rublos, ienes e reais por ano. Envolve o campo onde se planta a matéria prima, a indústria, que a beneficia, o comércio que a vende e a mídia que a divulga. Para que se mantenha tantos empregos, a cada ano é preciso motivar principalmente as mulheres, os jovens, os adolescentes e as crianças ao desejo de mudar o guarda-roupa. Isto se faz pelas modelos, pelos trajes das pessoas em destaque, pelo marketing, pelo merchandising, pelas imagens. Por isso os trajes da estação precisam ser vestidos e mostrados. Nos estágios finais, a mulher é o sujeito e o destinatário mais visado. Se ela não mudar o guarda roupa dela, das filhas, do marido a industria do tecido e da moda entrarão em colapso. Os panos do corpo e os panos da casa seguram milhões de empregos.
Dos homens se espera que usem calções ou shorts masculinos para determinadas ginásticas, esportes ou competições. Eles se cobrem. Das mulheres, alguém determinou que se espere, para determinados, esportes usem biquínis ou tangas. É o caso do voleibol.
Percorra os programas de auditórios e veja como se vestem os homens e as moças. Eles se cobrem, ela se revelam. Sob o pretexto de dança, comédia ou esporte alguém decidiu que despir as moças e vestir os rapazes dá mais audiência. Mesmo quando o auditório feminino, as moças se revelam mais porque lá fora há telespectadores a serem conquistados. Os homens prestarão mais atenção se houver mais corpos femininos à mostra.
Não tente entender estes corpos expostos à luz da ética. Na era dos holofotes do visual quase tudo é visto à luz de estética. Até mesmo os religiosos que desejam o sucesso para anunciar sua fé são escolhidos ou produzidos, se aceitam isso, em função da aparência. A mensagem tem que ser erótica, ou não podendo, seja vistosa e convidativa.
Isso explica porque em pleno Natal um sacerdote pregava a vinda de Jesus ao mundo com três mamãe noelas de saias curtas ao fundo. Era Natal. O padre falava de um menino e a mídia falava de mulher lindas , versão feminina de Papai Noel que dá presentes. Duas éticas debaixo da mesma estética.
Não são poucos os exemplos de imposição dos estilistas. A visão deles não é a mesma da sociedade ou dos crentes que formariam 90% da população e que costumam ter uma visão mais rígida do corpo. Mas quem tem o meio, os veículos, o dinheiro e o marketing são eles. Então eles vestem hoje a mulher que aparece para que em pouco tempo as outras lhes sigam o exemplo. E seguem. A moda ganha as ruas, as quadras, as praias e os palcos.
Por mais influência que tenham as igrejas perdem. Na era do “ sou visto, logo existo”, segundo Baudrillard, vence a estética, perde a ética. Não se perderia absolutamente nada se as moças que dançam vestissem roupas vistosas e mais longas, ou se as que jogam voleibol usassem calções como as que jogam futebol. Mas alguém criou aquele traje e hoje é impensável uma dupla que use o mesmo que as jogadoras de outros esportes vestem.
Perderam os pregadores de Bíblia e de Corão. Pelo menos aqui no Ocidente. Venceram os estilistas associados aos midiáticos. Imoral? Não necessariamente. Apenas ditatorial. Entre o que consideravam ditadura da moral cristã ou muçulmana e a ditadura de algumas indústrias que dependem da estética, venceu a ditadura da moda. Lembra os carrinhos de supermercado com crianças em baixo a dirigirem o veículo. Elas pensam que dirigem, mas vão onde a mãe as leva. Grande número de compradoras também pensam que escolhem, mas na verdade não resistem às tendências da estação. Pergunte aos psicólogos e sociólogos. Há uma enorme diferença entre quero vestir e tenho que vestir… A urgência da estação renova os estoques e, de certa forma, os salários. Por isso , ousar e inovar em cima do corpo feminino é fundamental. Para isso a televisão e os esportes são determinantes. E isso, em grande parte, explica aqueles trajes! Igrejas não produzem moda!
 
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PRÓ E CONTRA MINHA FÉ

Comprei e li o livro pró-católico. De maneira brilhante o autor mostrava que Jesus é Deus e que o catolicismo é a igreja que mais o respeita e melhor traduz o pensamento de Jesus. As outras igrejas e religiões estão a meio caminho ou no desvio.
Comprei e li o livro pró judeu. O autor, de maneira brilhante explicava que Jesus era antes de tudo um judeu fiel que jamais se afastou do judaísmo.
Comprei e li o livro pró- islâmico. O autor, de maneira brilhante mostrava que Moisés e Jesus eram bons profetas, mas que Maomé veio completar e aperfeiçoar o monoteísmo.
Comprei e li o livro pró-evangélico. O autor, de maneira brilhante, demonstrava que o cristianismo é a melhor religião, que Jesus é Deus, que a versão mais fiel aos evangelhos é a dos evangélicos e que os católicos se afastaram dele e são todos um bando de idólatras…
Comprei e li o livro dos pentecostais e o autor, de maneira brilhante, garantia que chegara a era preconizada por Jesus: a dos possuídos pelo Espírito Santo; todas as demais religiões e igrejas deixavam a desejar porque não tinham sido batizados no Espírito Santo.
Comprei o livro da vidente espírita e ela brilhantemente garantia que a reencarnação é o estágio mais avançado de um ser humano. Jesus é um anjo de luz.

Comprei o livro do ateu e ele brilhantemente garantiu que Deus não existe, que não há vida eterna, que Jesus era um bom e inteligente profeta judeu e que todos os crentes em Deus fazem alguma coisa boa, mesmo estando errados nas suas convicções. Garantiu que o ateísmo é a melhor forma de viver porque põe o ser humano aqui e agora, buscando soluções daqui.
Comprei o livro do pastor especialista em Bíblia que depois de pregar em duas igrejas, no seu terceiro livro, dizia que perdera a fé. Não era mais crente nem cristão. Não achou resposta para o seu problema com Deus.
Terminei as leituras dos oito livros, comparei-as às leituras dos mais de 200 outros que já li contra Jesus, contra os cristãos , contra os católicos e evangélicos, contra os judeus e muçulmanos e os a favor, e entendi que teria que fazer a minha escolha.
Em que Deus eu acreditaria? Em que profetas? Em que livros? Em qual das interpretações? Evidentemente, não poderia ficar com todas… Como eles escolheram crer ou não crer em Jesus, eu teria que escolher e viver pela minha escolha.
O que concluí sobre Jesus e sobre a Igreja Católica, depois de tudo o que li e ouvi a favor e contra, me convenceu a prosseguir crente cristão católico, e a afirmar que Jesus não é um simples homem. E, se alguém me provasse que ele é apenas um dos muitos messias judeus, mas que historicamente sobreviveu por conta do poder dos cristãos; se me provassem cabalmente que é impossível Deus aceitar ser daquele jeito e morrer daquele jeito, ainda assim eu escolheria Jesus, porque não vi e não conheço ninguém com a carga profética-sociopolitico-religiosa dele.
Se Jesus não fosse Deus, assim mesmo eu o seguiria como profeta, como os muçulmanos seguem Maomé e os budistas seguem Sidharta Gautama. Ele ainda seria o meu caminho para Deus. Mas faço parte dos bilhões que crêem que Deus esteve neste mundo.
Quem quiser discordar de mim, discorde; quem quiser rir da minha fé, ria; quem quiser me achar um crente obtuso, ache; quem quiser diminuir minha igreja, faça-o! Se um dia sentarmos juntos, com tempo para um ouvir o outro, deixarei que outra vez ele me fale de seu caminho e de sua fé ou descrença pelo tempo que achar necessário. Já que escreveu um livro deve ser porque pretendia provar que sua visão é a mais correta. Não o interromperei.
Depois, pedirei a ele, ou a ela, o mesmo tempo que lhe concedi e não aceitarei ser interrompido. Se ele ou ela aguentar me ouvir como eu aguentei, teremos tido um bom começo. Eles têm duvidas e eu também, eles têm certeza e eu também; eles têm objeções ao meu caminho e eu ao deles. Então o melhor é a gente dialogar e respeitar, porque nenhum de nós está com esta bola toda…
– Texto de um dos maiores autores católicos mais lidos do Brasil e do mundo. Autor de varios cd's, livros e dvd's um dos pregadores cristãos mais reconhecidos do Brasil, PADRE ZEZINHO SCJ como é conhecido pelo povo, mas seu nome é JOSÉ FERNANDES DE OLIVEIRA.
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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Descalço e Simples


Andar descalço, sentir o chão é como encontrar Deus nas pequenas coisas, é ver seu amor nas miudezas da vida. O coração anda no compasso que pode. Os Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. Precisamos renovar a cada dia o Amor que sentimos, e com isso demonstrar em gestos que Amamos.
A vida é pequena e simples, mas também curta demais, então aprendamos a arte de Amar sem limites as pessoas que nosso coração elegeu, pois não sabemos quanto tempo nos ha temos ao nosso lado. Ou aprendemos a arte de Amar ou nunca saberemos o que é ser verdadeiramente feliz.
Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados.
O melhor é ir devagar.
Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que escolhemos dizer.
É simples...
Depende somente de nós...

Rafael Camargo